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Vacinas do idoso - quando tomar e quando não tomar

 As vacinas recomendadas no calendário de vacinação do idoso incluem aquelas contra gripe, pneumonia pneumocócica, tétano, difteria, hepatites, febre amarela, tríplice viral, herpes zóster e meningite meningocócica, sendo que muitas delas são disponibilizadas pelo Ministério da Saúde gratuitamente através do SUS, enquanto algumas só podem ser adquiridas em clínicas particulares, como as contra hérpes zóster, meningococo e hepatite A, por exemplo.

A vacinação do idoso é muito importante para fornecer a imunidade necessária ao combate e prevenção de infecções, por isso, é essencial para melhorar a qualidade de vida e aumentar a expectativa de vida de pessoas com idade igual ou superior a 60 anos.

Além disso, deve-se ter atenção para as particularidades das vacinas, já que elas devem ser indicadas pelo médico, após avaliação das vacinações prévias, estado de saúde e imunidade da pessoa que irá receber a dose. Um exemplo é a vacinação contra a febre amarela, que não deve ser feita para todos os idosos, devido ao risco de efeitos colaterais em alguns casos.

O calendário vacinal dos idosos segue as recomendações da Sociedade brasileira de imunizações em conjunto com a Sociedade brasileira de geriatria e gerontologia, e inclui:

1. Vacina contra a gripe

A gripe é a infecção respiratória causada pelo vírus do tipo Influenza e, portanto, previne não só a gripe, mas também pneumonias, necessidade de hospitalização e o risco de morte causado por estes microorganismos.

Estas vacinas são constituídas por vírus inativados e fragmentados, portanto, sem risco de causar infecção na pessoa. Entretanto, como para a confecção da vacina são selecionados 3 ou 4 dos vírus mais circulantes e perigosos do período, é possível que as pessoas se infectem por outros tipos de Influenza ou por vírus causadores de resfriados, o que confunde muita gente.

Quando deve ser tomada: 1 vez por ano, de preferência, antes do início do outono, quando os vírus começam a circular com mais frequência e as chances de infecção aumentam.

Quando está contra-indicada: pessoas com história de reação anafilática ou alergia grave ao ovo de galinha e seus derivados, ou a qualquer outro componente da vacina. Deve-se adiar a vacina em pessoas com quadro de infecção febril moderada a grave ou alterações da coagulação sanguínea, se feita via intramuscular.

A vacina contra gripe é oferecida de forma gratuita pelo SUS, nos postos de saúde, nas campanhas anuais.

2. Vacina pneumocócica

Esta vacina previne infecções causadas pela bactéria Streptococcus pneumoniae, principalmente a pneumonia, assim como outras doenças graves como meningite ou bacteremia, que é uma infecção generalizada do organismo.

Há 2 tipos de vacinas disponíveis para idosos, que são a Polissacarídica 23-valente (VPP23), que contém 23 tipos de pneumococos, e a Conjugada 13-valente (VPC13), que contém 13 tipos.

Como deve ser tomada: geralmente, é feito um esquema com 3 doses, iniciando-se com a VPC13, seguida, após seis a doze meses, da VPP23, e uma outra dose de reforço da VPP23 após 5 anos. Se o idoso já recebeu uma primeira dose de VPP23, deve-se aplicar a VPC13 após 1 ano e agendar a dose de reforço da VPP23 após 5 anos da primeira dose.

Quando está contra-indicada: apenas em casos de reação anafilática à dose anterior da vacina ou algum de seus componentes. Adiar em caso de doença febril aguda ou alterações da coagulação sanguínea, se feita via intramuscular.

Esta vacina é feita de forma gratuita pelo SUS para idosos com maior risco de infecção, como os institucionalizados que vivem em casas de repouso comunitárias, e os demais podem ser vacinados em clínicas particulares.

3. Vacina contra a febre amarela

Esta vacina confere proteção contra a infecção da febre amarela, uma perigosa infecção viral transmissível por mosquitos, entretanto a sua aplicação deve ser resguardada para casos necessários, evitando-se para idosos frágeis e pessoas com a imunidade comprometida.

Isto porque a vacina é confeccionada a partir amostras de vírus vivos atenuados e existe o raro risco de desenvolver uma reação grave, com quadro semelhante ao da febre amarela, chamada de "visceralização do vírus".

Assim, para idosos, a vacina contra febre amarela pode ser indicada nos seguintes casos: habitantes de áreas endêmicas, pessoas com viagem para áreas endêmicas ou sempre que houver exigência internacional, em área considerada sem risco. Em todos os casos, deve-se conversar com o idoso sobre os riscos e benefícios desta vacina, que só deve ser aplicada após o seu consentimento.

Quando deve ser tomada: atualmente, o ministério da saúde recomenda apenas 1 dose para a vida inteira a partir dos 9 meses de idade, entretanto, aqueles que nunca tomaram a vacina, devem tomar a dose caso residam ou viajem para uma região de risco, que incluem zonas rurais no Norte e no Centro-Oeste do país e alguns municípios dos Estados do Maranhão, do Piauí, da Bahia, de Minas Gerais, de São Paulo, do Paraná, de Santa Catarina e do Rio Grande do Sul.

Quando está contra-indicada: histórico de reação anafilática após ingestão de ovo de galinha ou aos componentes da vacina, doenças que reduzem a imunidade, como câncer, diabetes, AIDS ou uso de medicamentos imunossupressores, quimioterápico ou radioterápico, por exemplo, e em casos de doença febril aguda.

É possível ser vacinado contra a febre amarela nos postos de saúde do SUS de forma gratuita.

4. Vacina meningocócica


Esta vacina fornece proteção contra a bactéria Neisseria meningitidis, conhecida como Meningococo, que é capaz de se disseminar pela corrente sanguínea e causar infecções graves, como a meningite e a meningococcemia.

Como ainda não há muitos estudos científicos feitos com esta vacina em idosos, ela costuma ser recomendada em alguns casos de maior risco, como em situações de epidemia da doença ou viagens para áreas de risco.

Como deve ser tomada: dose única, em casos de epidemias.
Quando está contra-indicada: pessoas com alergia a qualquer componente da vacina. Adiar em caso de doença febril aguda ou doenças que causam alteração da coagulação.

A vacina meningocócica está disponível somente em clínicas privadas de imunização.

5. Vacina contra herpes zóster

O herpes zóster é uma doença causada pela reativação do vírus da varicela, que pode permanecer alojado por vários anos nos nervos do corpo, e provoca lesões bolhosas, avermelhadas e muito dolorosas. Esta infecção é mais comum em idosos e em pessoas com imunidade enfraquecida, e como pode ser muito incômoda e deixar sequelas dolorosas na pele que podem durar até anos, muitos idosos têm optado pela prevenção.

Como deve ser tomada: dose única, para todas as pessoas com idade acima de 60 anos. Para as pessoas que já apresentaram quadro de herpes zóster, é preciso aguardar o intervalo mínimo de seis meses a 1 ano para a aplicação da vacina.

Quando está contra-indicada: pessoas com alergia aos componentes da vacina, ou aquelas com a imunidade comprometida por doenças ou uso de medicamentos, como portadores de AIDS, câncer, em uso de corticóides sistêmicos ou quimioterápicos, por exemplo.
A vacina contra herpes zóster pode ser aplicada em clínicas particulares de vacinação. Saiba mais sobre o que é e como tratar o herpes zóster.

6. Vacina contra o tétano e a difteria

A vacina dupla viral, ou dT, confere proteção contra as infecções por tétano, que é uma grave doença infecciosa que pode levar à morte, e a difteria, que é uma doença infecciosa muito contagiosa.

Quando deve ser tomada: de 10 em 10 anos, como reforço para pessoas que foram corretamente vacinadas na infância. Para idosos que não foram vacinados ou que não têm nenhum registro da vacina, é necessário fazer o esquema de 3 doses com um intervalo de 2 meses entre cada e, em seguida, fazer o reforço a cada 10 anos.

Quando está contra-indicada: no caso de reação anafilática prévia à vacina ou a algum de seus componentes. Adiar em caso de doenças da coagulação sanguínea se feita via intramuscular.

A dT está disponível gratuitamente nos postos de saúde, no entanto, também existe a vacina tríplice bacteriana do adulto, ou dTpa, que além do tétano e difteria protege contra o coqueluxe, além da vacina do tétano separadamente, que estão disponíveis em clínicas particulares de imunização.

7. Vacina tríplice viral

A vacina contra os vírus do sarampo, caxumba e rubéola é necessária em casos de risco aumentado para infecção, como situações de surtos, viagens para locais de risco, pessoas que nunca foram infectadas ou que não tenham recebido as 2 doses da vacina ao longo da vida.

Como deve ser tomada: são necessárias apenas 2 doses ao longo da vida, com intervalo mínimo de 1 mês.
Quando está contra-indicada: pessoas com imunidade gravemente comprometida ou que tiveram reação anafilática após ingestão de ovo.
Não está disponível gratuitamente para idosos, exceto em períodos de campanhas, sendo necessário dirigir-se a uma clínica de imunização privada.

8. Vacina contra hepatite

A proteção contra a hepatite A e hepatite B pode ser adquirida através de vacinas separadas ou combinadas, para pessoas que não têm imunidade contra essas doenças, que nunca foram vacinadas ou que não têm registros de vacinas.

Como deve ser tomada: A vacinação contra hepatite B, ou a combinada A e B, é feita em 3 doses, no esquema 0 - 1 - 6 meses. Já a vacina contra hepatite A isolada pode ser tomada após avaliação sorológica que indica falta de imunidade contra essa infecção ou em situações de exposição ou surtos, em um esquema de duas doses, com intervalo de 6 meses.

Quando está contra-indicada: pessoas com reação anafilática aos componentes da vacina. Deve ser adiada em casos de doença febril aguda ou alterações da coagulação se uso intramuscular.

A vacina contra hepatite B pode ser feita gratuitamente pelo SUS, entretanto a vacinação contra hepatite A só é disponibilizada em clínicas particulares de imunização.


Fonte:Tuasaúde